No.59 De Rio para Tóquio! Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020 finalmente começam

Mario, segurando uma bola vermelha, pulou no cano do cruzamento de Shibuya e, de repente, fez um warp e chegou ao Brasil, do outro lado do mundo. E quem apareceu do cano que surgiu no centro do estádio, senão o Primeiro-Ministro Abe!
Após a entrega da bandeira olímpica pelo prefeito do Rio de Janeiro ao presidente do COI e, em seguida, à governadora Yuriko Koike, o show de 12 minutos que apresentou a próxima cidade-sede das Olimpíadas teve um conteúdo único que destacou a cultura de anime do Japão e recebeu altas avaliações da mídia internacional.
Este ano, a 31ª edição dos Jogos Olímpicos de Verão foi realizada no Rio de Janeiro, a primeira na América do Sul, e terminou após 17 dias de intensas competições em 21 de agosto de 2016.
O Japão conquistou um recorde histórico de 41 medalhas, superando as 38 da última edição em Londres, com a contagem de medalhas de ouro em 6º lugar no mundo e a contagem total em 7º lugar, um excelente desempenho.
Embora a participação seja o que importa e não devamos nos fixar demais no número de medalhas, ao ver os resultados que superaram a meta inicial de mais de 30 medalhas, as expectativas para as próximas Olimpíadas de Tóquio 2020 aumentam.
É preocupante que o número de esportes em que conquistamos medalhas tenha diminuído de 13 para 10 em relação à última edição, mas o JOC tem como meta para a próxima edição em Tóquio conquistar o 3º maior número de medalhas de ouro do mundo, e queremos apoiar a realização desse sonho.
Nesta edição, destacaram-se a conquista do bicampeonato individual de Kohei Uchimura na ginástica masculina, o quarto título consecutivo de Kaori Icho na luta feminina, a medalha de ouro de Kosuke Hagino nos 400 metros medley masculino e a medalha de ouro de Rie Kaneto nos 200 metros peito feminino, mas também foi uma boa notícia o retorno do judô masculino e feminino e a primeira medalha de ouro no badminton feminino pela dupla "Takamatsu".
Além disso, a conquista de medalhas em esportes como tênis de mesa masculino e feminino e corridas de curta distância masculinas, que anteriormente eram difíceis de alcançar, trouxe uma grande esperança para o futuro.

A propósito, acho que três questões foram levantadas neste torneio. Elas são a contenção de custos, medidas de segurança e a questão do doping.
Os custos totais de realização, somando as despesas de construção e operação do estádio, têm tendência a aumentar a cada vez, e parece que os custos do torneio de Londres chegaram a cerca de 1,5 trilhões de ienes, enquanto no Rio foram cerca de 460 bilhões de ienes, um terço disso. Embora haja partes, como as arquibancadas temporárias expostas com tubos de andaime, que são difíceis de imitar diretamente no Japão, esforços para reduzir custos e para a utilização eficaz após o torneio são coisas que podem ser feitas desde já.
Quanto às medidas de segurança, a introdução de 85.000 agentes de segurança, mais do que o dobro do que no torneio de Londres, resultou em que não houve grandes distúrbios, que eram uma preocupação. Acredito que o Japão tem uma vantagem em termos de segurança, mas a complacência é um grande inimigo.
A questão do doping é um problema profundo e que não foi resolvido. O Japão nunca teve um infrator em suas Olimpíadas até agora. Justamente porque nosso país é limpo e íntegro, pode ser uma boa oportunidade para afirmar a luta contra o doping para o mundo. O doping, que sacrifica o próprio corpo para obter resultados momentâneos, é algo que vai contra o princípio do atleta em primeiro lugar.
Este artigo está sendo escrito durante os Jogos Paralímpicos, mas parece que o intervalo desde o encerramento das Olimpíadas foi muito longo, e sinto que a cobertura da mídia também é um pouco escassa. Espero que na próxima edição dos Jogos de Tóquio haja uma maior integração entre os dois eventos.